ÓLEOS ATIVADORES PARA OS NADIS

Os Nádis
Os nadis estão ligados aos Chakras. O canal central Sushumna, desempenha papel vital nas práticas do Yoga e tântricas. Os Chakras são centros de intercâmbio entre a energia física e a psicológica dentro da dimensão física, e prana é a força que une o físico e com o mental, e o mental com o espiritual. Na verdade o físico, mental e o espiritual são a mesma coisa e trabalham juntos em todos os níveis. Alguns Nádis maiores como nervos, veias e artérias físicas são conhecidos pela ciência médica atual. Porém, como nem todos os Nádis assumem forma física, nem são visíveis como caracteres, é impossível localizá-los, observá-los ou traçar seu caminho através dos meios menos sutis. Os nádis sutis não de dois tipos:
Nadis Pranavha... Condutores da força prânica.
Nadis Manova... Condutores da força mental.
Os Nadis Pranavha e Nadis Manova correm, em geral, juntos. Embora contestem descrição, estão de alguma forma ligada aos nervos sensoriais do sistema nervoso autônomo. Os nervos e nadis yogas do sistema nervoso autônomo trabalham juntos, da mesma forma que a psique trabalha com a fisiologia.
Certos estudos de anatomia contradizem a descrição do Sushumna fornecida pelas escrituras tântricas, sustentando que o canal central contém somente líquido cerebroespinhal, sem qualquer menção à presença de fibras nervosas. Neurologicamente é impossível para a coluna vertebral possuir abertura no topo da cabeça para a entrada e saída do fluxo de prana. Portanto, é difícil fornecer anatomia precisa dos chakras. Na acupuntura existe um meridiano chamado Meridiano Governante dos vasos, que apresenta alguma correspondência com o sushumna. Nele, o fluxo energético começa na ponta do cóccix, ascende pela espinha dorsal, atinge um ponto no alto da cabeça e, então se curva, descendo ao longo da linha do meridiano até um ponto logo abaixo do umbigo. Os meridianos da acupuntura podem ser comparados aos nadis pranavha.
Segundo o tratado tântrico Shiva Samhita, existem quatorze nadis principais. Desde, Ida, Píngala e Sushumna. São considerados os mais importantes. Todos os nádis estão subordinados ao Sushumna. O prana viaja através do Sushumna, partindo do plexo pélvico para o Brahma Randhra ("a caverna de Brahman" – espaço vazio entre os dois hemisfério cerebrais), situado no interior do eixo cérebro espinhal. O Chakra Muladhara é o ponto de encontro destes três nadis principais, sendo conhecido como Yukta Triveni (yukta, "combinado"; tri, "três"; veni, "correntes").
Os primeiros dez nadis ligados aos dez "portais", ou aberturas do corpo:
01. Sushumna ou Brahma Randhra (fontanela)
02. Ida (narina esquerda)
03. Píngala (narina direita)
04. Gandhari (olho esquerdo)
05. Hastaiihava (olho direito)
06. Yashasvini (orelha esquerda)
07. Pusha (orelha direita)
08. Alambusha (boca)
09. Kuhu (genitais)
10. Shankhini (ânus)
Ida
Ida é o canal esquerdo. Transportador das correntes lunares, Ida tem natureza feminina, sendo celeiro da produção de vida, a energia materna. Ida é nutrição e purificação, por isso é chamado de Ganga (Ganges). Algumas vezes é representado como olho esquerdo. No Svara Yoga representa a respiração "esquerda". Esquerda é descrita no Tantra, como de natureza magnética, feminina, visual e emocional. Na prática do Pranayama (respiração do yoga), com exceção do surya bhedana pranayama, a puraka (inalação) começa pela narina esquerda. Isto excita o Nadi Ida, pois este nadi se origina no testículo esquerdo e termina na narina esquerda. A respiração específica pela narina esquerda excitará o Nadi Ida, e seus produtos químicos nutridores purificação a química o corpo, benefício facilmente obtido pela meditação. A Shiva Svaradaya e a Jnana Svarodaya recomendam que todas as atividades importantes, em especial as que proporcionam estabilidade para a vida, são mais bem desempenhadas quando Ida está operando.
No sistema do Svara Yoga, os praticantes observam o hábito de manter a narina esquerda aberta durante o dia para equilibra a energia solar recebida durante este período. O Nadi Ida é de natureza sattvika, e mantê-lo em operação durante o dia (que é dominado pela energia rajasika) faz aumentar sattva, criando um equilíbrio para si próprio; tornando-nos mais relaxados e mais alerta mentalmente. O Nadi Ida é responsável pela restauração energética do cérebro. Está situado no lado esquerdo da meru danda e tem sido confundo com a cadeia de gânglios nervosos conectadas às fibras nervosas chamadas de cordão simpático. Existe similaridade, talvez porque o sistema simpático controle e influencie a respiração, estando esta ligada as narinas; como existe correlação entre o chakra e as glândulas endócrinas, a definição exata ainda não foi documentada na Medicina ocidental. Ida não é nervo, nem cordão nervoso; é um nadi manovhi. Em várias culturas diferentes, especialmente na Índia, a lua (em sânscrito, chandra) está relacionada à psique. No Purusha Sukta lê-se que: "Chandrama Manaso jatah", isto é, "A lua nasceu dos manas de Virat Purusha {Ser Supremo}".
A "respiração lunar" (narina esquerda) é chamada de Ida no Svara Yoga. Os yogis identificam Ida como sendo um nadi pranavahini, e o consideram um dos mais importantes nadis manovahi. O prana, com o auxílio de Ida, é capaz de fluir para dentro e para fora da narina esquerda. Durante o ciclo crescente da lua (da lua nova para a cheia), Ida domina por nove dias, nos quinze do nascer ao pôr-do-sol. Ainda não foi possível a localização deste nadi através de modernos aparelhos técnicos, mas o aspecto pranavahi de Ida pode ser claramente sentido nos efeitos do svara sadhana (seguidores da Ciência da Respiração), e pela prática do pranayama.
Pingala
Pingala é um canal direito. Transportador de correntes solares, Pingala é de natureza masculina, e um depósito de energia destrutiva. É conhecido como Yamuna. À sua maneira, Pingala é também purificado, mas limpa como fogo. Pingala algumas vezes é representado como olho direito. No Svara Yoga, Pingala representa a respiração pelo lado direito, isto é, a respiração que flui pela narina direita. O lado direito é de natureza elétrica, masculina, verbal e racional. O Nadi Pingala torna o corpo físico mais dinâmico e eficiente, sendo ele quem fornece mais vitalidade e mais poder masculino. Realiza-se o surya bhedana pranayama (respiração para aumentar o poder sol/direita) para ampliar o vigor, a resistência e a energia solar. O surya bhedana pranayama é exceção no reino da respiração do Yoga: neste pranayama a respiração começa pela narina direita, excitando o Nadi Pingala. No svara yoga admite-se claramente que o Nadi Pingala torna um homem "puramente homen", assim como Ida torna a mulher "puramente mulher". A predominância da narina direita é recomendada para atividades físicas, trabalhos temporátios, discussões, debates e, naturalmente, duelos.
A prática do yoga, de deixar a narina direita aberta à noite, quando a energia solar é menos forte, mantém o equilíbrio do organismo saudável. Deixar o Nadi Ida ativo durante o dia e o Pingala durante a noite, aumenta a vitalidade e a longevidade. Pingala é de natureza rajasika (energética), e mantê-lo ativo durante as horas noturnas de indolência aumenta a saúde holística do organismo.
O sol, dizem os yogis, está relacionado com os olhos de Virata Purusha. Segundo o Prusha Sukta: "Chakshore suryo ajayatah", isto é: "O sol vem pelos olhos", significando que o sol nasce dos olhos de Virata Purusha. Os olhos são o veículo do sol. Os olhos discriminam. Eles – e o sol estão relacionados ao intelecto e ao cérebro racional. A noite é tempo de fantasia. Os grandes pensadores utilizam a noite para contemplar. Diz-se que "quando é noite para as pessoas do mundo, é dia para os yogis". Pingala como Ida, é um Nadi Manovahi. Pingala é mais ativo durante o ciclo decrescente da lua (da cheia para nova) e opera nove dias em quinze, do nascer ao pôr-do-sol. Atinge-se o controle total dos Nadis Ida e Pingala através da prática, regular dos pranayamas e com muita (disciplina).

Sushumna
O Sushumna está situado no centro do corpo e passa através da meru danda (coluna vertebral)
O Sushumna se origina no Chakra Muladhara, percorre o corpo, transpassa o talu (palatu na base do crânio), e se une ao Sahasrara (plexo do mil nádis no topo do crânio), conhecido como ("Lótus das Mil Pétalas"). Este nádi se divide em dois ramos; o anterior e o posterior.
O anterior vai para o Chakra Ajna, situado no ponto entre as sobrancelhas e se une ao Brahma Randhara. O posterior passa por trás do crânio e se une ao Brahmara Gupha ("caverna da abelha") e Andhara Kupa ("poço cego", ou décimo portal). Externamente é a "moleira" que está aberta no nascimento. Em um recém-nascido, pode-se observar a pulsação neste ponto durante as primeiras semanas de vida; após o sexto mês, ela começa a endurecer. Depois deste tempo será aberta somente através de práticas especiais de Laya Yoga, Srava Yoga, Kriya Yoga ou Nada Yoga. Nos shastas (escrituras antigas), lê-se que quem dixa o corpo pelo décimo portal atravessa o "caminho sem retorno" (Isto é a liberação do ciclo da morte e do renascimento). Existem yogis que seguem disciplinas que preparam este portal, de modo que sua última respiração carregue a alma para a liberação. O verdadeiro aspirante, desejoso da liberação, trabalhará o ramo posterior do Sushumna.
Outro aspecto especial do Sushumna é não ser limitado pelo tempo. Quando o yogi em meditação se coloca no ponto médio entre as sobrancelhas, no Chakra Ajna (terceiro Olho), e transcende o prana na região de Brahma Randhra, ele fica além do tempo. Torna-se um trikaladarshi (conhecedor do passado, presente e futuro). No Chakra Ajna, ele vai além da dimensão do tempo e a morte não o alcança. As funções do corpo físico param, e o processo de envelhecimento se interrompe no momento anterior à morte todos os seres humanos respiram a inalação do Sushumna, quando ambas as narinas trabalham simultaneamente. Diz-se que a morte – com exceção da acidental – não acontece quando predomina Ida ou Píngala. Isto é, quando somente opera a narina direita, ou se a respiração está sendo feita predominantemente pela esquerda.
Os Nádis Sarasvati e Brahama são outras denominações de Sushumna. Não são identificações apropriadas, pois o Sushumna é um canal onde existem outros nádis sukhma (sutis), e Sarasvati é um nádi complementar de Sushumna que flui fora dele no lado esquerdo. Este nádi é responsável pelo sonho, alucinações e visões. Chitra em sânscrito, significa pintura ou desenho. É automaticamente ativo nos pintores, artistas visionários e poetas. O final do Nadi Chitra é chamado Brahma dvara ("a porta de Brahman"), e o Devi Kundalini ascende porta até a abóboda final – O Chakra Manasa, Lalana ou Soma – o local do encontro de Kameshavara e Kameshvari (Shiva e Shakti), logo acima do ponto reside Kamadhenu (a vaca que satisfaz os desejos).
Como mencionado anteriormente, o Chakra Muladhara é o ponto de encontro dos três principais nádis, sendo chamado de Yukta Triveni (Yukta, "envolvimento"; triveni "encontro das três correntes"). Do Muladhara eles se movem alternadamente através do chakra até atingirem o Ajna, onde novamente se reúnem formando um nó frouxo com o Sushumna. Aqui o encontro das três correntes é chamado Mukta Triveni (mukta, "liberado"), Como o sexto chakra (ajna) está além dos elementos, o yogi que atinge este nível por seu poder, via Sushumna, está liberto da escravidão. Uma vez estabelecido, o yogi mantém um estado de kevali kumbhaka (capacidade de reduzir o fluxo da respiração). Além do nó no Chakra Ajna, Ida e Píngala terminam nas narinas esquerda e direita, respectivamente, e assim Chitra e Vajra agem como correntes lunares e solares, e o Nadi Brahma, como o ígneo Sushumna tamasika. Os nádis Vajra e Chitra são as correntes solar e lunar interiores do sushumna. Um yogi estabelecido neste chakra torna-se um tattvatita (além dos elementos), mas ainda sujeito as alterações de humor criadas pela predominância de um ou outro guna (atributo, qualidade); ainda não é gunatita (além dos atributos). Quando guanatita atinge o nirvkalpa samadhi (também chado de nirbijha, ou samadhi "sem semente") um estado especial de meditação profunda e duradoura.
No espaço fora do meru danda (coluna vertebral), à esquerda e a direita, estão os Nadis Ida e Píngala. A substância do Nadu Sushumna, que está no meio, é composta de canais triplos. Os gunas. Os Nadis Vajra e Chitra começam em um ponto da largura de dois dedos acima do Sushumna.

Fonte: Centro de Yoga e Meditação Vajrapani
Material bom e coerente.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.


A muitos estudantes gnósticos pode surpreender um pouco quem sendo Idá de natureza fria e lunar, tenha suas raízes no testículo direito. A muitos discípulos do nosso Movimento Gnóstico Internacional poderá cair como algo insólito e inusitado a notícia de que, sendo Pingalá de tipo exclusivamente solar, parta, realmente, do testículo esquerdo. Entretanto, não devemos surpeender-nos, porque, tudo na natureza se baseia na lei das polaridades. O testículo direito encontra seu pólo oposto, precisamente, na fossa nasal esquerda. O testículo esquerdo acha seu antipolo perfeito na fossa nasal direita.
A fisiologia esotérico-gnóstica ensina que, no sexo feminino, as duas Testemunhas partem dos ovários. É indubitável que, nas mulheres, a ordem deste par de Olivas do Templo se inverte harmoniosamente

Velhas tradições que surgem, como por encanto, da noite profunda de todas as idades, dizem que, quando os átomos solares e lunares do sistema seminal fazem contato no "tribeni", próximo do osso coccígeo, então, por indução elétrica, desperta uma terceira força de tipo mágico; quero referir-me ao Kundalini, o fogo místico do Arhat gnóstico, mediante o qual podemos reduzir a poeira cósmica o ego animal.
Escrito está, nos velhos textos da sabedoria antiga, que o orifício inferior do canal medular, nas pessoas comuns e correntes, encontra-se hermeticamente fechado; os vapores seminais o abrem, para que a Cobra Sagrada penetre por ali.
Ao longo do canal medular, processa-se um jogo maravilhoso de variados canais que se penetram e se compenetram mutuamente, sem se confundir, porque estão situados em distintas dimensões.
Não é demais recordar o glorioso Sushumna e o famoso Chitra, e o Centralis e o Brahmanadi; é inquestionável que por este último ascende o fogo flamígero.
Em se tratando da verdade, devemos ser muito francos; certamente é uma espantosa mentira atrever-se a dizer que, depois de haver encarnado o Jivatma (o Ser) no coração, a Serpente Sagrada empreenda a viagem de retorno até ficar, novamente, encerrada no chacra Muladhara.
É uma horrível falsidade afirmar, ante Deus e ante os homens, que a Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes, depois de haver gozado sua união com Paramashiva, separe-se cruelmente, iniciando a viagem de retorno para o centro coccígeo.
Tal regresso fatal, tal descenso até o Muladhara só é possível, quando o Iniciado, em pleno coito, derrama o sêmen; então perde a espada flamígera e cai fulminado ao absimo, sob o raio terrível da Justiça Cósmica.
O ascenso do Kundalini, ao longo do canal medular, realiza-se muito lentamente, de acordo com os méritos do coração. Os fogos do cárdias controlam o desenvolvimento milagroso da Serpente Sagrada.
Devi Kundalini não é algo mecânico, como muitos supõem; a Serpente Ígnea só desperta com o amor autêntico entre esposo e esposa; nunca subiria pelo canal medular dos adúlteros.
Em um passado capítulo deste livro, algo dissemos sobre os três tipos sedutores: Don Juan Tenório, Casanova e Diabo.
É óbvio que o terceiro destes resulte, certamente, o mais perigoso; não devemos, pois, estranhar que esta classe de sujeitos -tipo Diabo- com o pretexto de praticar o Sahaja Maithuna, seduzam muitas ingênuas damas.
É bom saber que, quando Hadit, a Serpente Alada de Luz, desperta, para iniciar sua marcha ao longo do canal medular espinhal, emite um som misterioso, muito similar ao de qualquer víbora que é cutucada com um pau.
O tipo Diabo, esse que seduz aqui, lá e acolá, com o pretexto de trabalhar na Nona Esfera, esse que abandona sua esposa, porque diz que já não serve para o trabalho na Frágua Acesa de Vulcano, em vez de despertar o Kundalini, despertará o órgão Kundartiguador.
Certo iniciado, cujo nome não menciono neste tratado, comete o erro de atribuir ao Kundalini as sinistras qualidades do l órgão Kundartiguador.
É ostensível que tal erro está causando danos muito graves entre os círculos pseudo-esotéricos e pseudo-ocultistas.
É urgente, inadiável compreender que, de modo algum, é possível eliminar todos esses eus pendenciadores e gritalhões que levamos dentro, se não apelamos ao auxílio da Kundalini.
Aquele iniciado que cometeu o delito de pronunciar-se, em malfadada hora, contra o Kundalini, é óbvio que será devidamente castigado pelos Juízes da Lei da Katância (quero referir-me aos Juízes do Karma Superior, ante os quais comparecem os Mestres da Loja Branca).
Em nome Disso que não tem nome, digo: O Kundalini é a Dúada Mística, Deus-Mãe, Ísis, Maria, ou, melhor dizendo, RAM-IO, Adônia, Insoberta, Rea, Cibeles, Tonantzin, etc., o desdobramento transcendental de toda mônada divinal, no fundo profundo de nosso Ser.
Analisando raízes, esclareço: a palavra Kundalini vem de dois termos: Kunda e Lini
KUNDA: nos recorda o órgão Kundartiguador.
LINI: palavra atlante que significa fim.
KUNDA-LINI: fim do órgão Kundartiguador.
É óbvio que, com o ascenso da Flama Sagrada pelo canal medular, chega a seu fim o órgão das abominações, conclui a força foática cega.
Tal Fohat negativo é o agente sinistro em nosso organismo, mediante o qual, o ideoplástico se converte nessa série de eus que personificam nossos defeitos psicológicos.
Quando o Fogo se projeta para baixo, desde o chacra coccígeo, aparece o abominável órgão Kundartiguador.
O poder hipnótico do órgão dos conciliábulos tem, pois, adormecidas e embrutecidas as multidões humanas.
...
Fonte:
Texto retirado do livro Mistério do Áureo Florescer. VM Samael Aun Weor. Este livro encontra-se disponível na Biblioteca Gnóstica.
Deverá ser tomado como base de estudos, podendo estar contido nele parte da verdade ou a verdade verdadeira.
Bom entendimento !!!
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.

O Despertar
Existem divulgados, muitos métodos para despertar a energia "Kundalini".
E muitos são os que se dizem tê-la despertado.
Cada um terá de se auto-observar, estudar, meditar e praticar, e verificar com o testemunho da própia consciência "KundaIini" do mestre interno, e das inúmeras testemunhas, tais como, anjo da guarda, entidades, seres, ou anjos que realizam a obra interna, na construção, nas dimensões internas e superiores, dos demais corpos terrestres e espirituais, se realmente está conseguindo o despertar da consciência nos vários níveis, ou graus, nas dimensões dos vários planos, sete principais ao todo, cada um com sete sub-níveis.
Ou, se é mais uma vítima de Maia a ilusão, de achar que despertou a "Kundalini" e age como se estivesse despertado, por uma vaidade do egoísmo intelectual, que possui um pouco de conhecimento teórico, quando na verdade pode estar sendo enganado por entidades espirituais obsessoras que exploram a fraqueza humana para desvirtuá-la do caminho, comprometendo-a carmicamente.
O trabalho é individual, mas não sozinho, pois cada um precisará de um parceiro do sexo oposto para realizar a magia sexual da transmutação.
É necessário disciplina e autoconhecimento para domínio própio e discernimento do bem e do mal, e da realidade da ilusão.
Humildade para se desapegar de tudo aquilo que possa prender a este mundo.
Deve-se viver no mundo, mas não ser do mundo.
Praficar as virtudes, principalmente a castidade, que é a prática do ato sexual com parceiro do sexo oposto, sem a fornicação do orgasmo da ejaculação.
Purificação do coração, de pensamentos, palavras e ações.
Dissolver seus egos, seus eus internos, com os seus medos e defeitos psicológicos.
Pode-se ter conhecimento intelectual de todos os métodos de despertar a "Kundalíni" mas não quer dizer com isto, que as condições espirituais internas dos estados de consciência estejam realmente em harmonia com aquilo que sabe e crê teoricamente.
Nem sempre os acontecimentos externos correspondem aos acontecimentos internos.
Nem sempre a teoria intelectual está de acordo com o desenvolvimento espiritual do homem interno.
Muitas vezes o nível do saber é maior do que o nível do ser.
Entre o Saber e o Ser, saber ser, ou saber como se deve ser, existe muita diferença.
Alguém pode ter os conhecimentos espirituais teoricamente, mas o seu coração, o seu comportamento interno pode estar bem diferente das suas ações externas.
Pode saber a Bíblia de cor, de que não deve odiar, mas deve perdoar, não deve matar nem mentir, mas, na realidade, no momento exato em que está envolvido por uma circunstância, o que acontece, não perdoa, odeia, mente e mata.
Crer é primeira prova.
Há muita diferença entre saber, crer e ter fé naquilo que sabe.
Há muita diferença entre o que o ego deseja, o que ele é, e o que a pessoa realmente merece, e a vontade do que Deus realmente quer para ela.
Com a ajuda da imaginação, cria-se, ou constrói-se mentalmente, a imagem do sistema de canais, pelos quais as energias prânicas sexuais, nas dimensões internas do corpo físico, passarão a atuar nas outras dimensões dos vários planos que transpassam o plano físico, construindo os demais corpos terrestres e espirituais.
Na verdade, este sistema de canais já existe, na forma de modelo, arquétipo, nas profundezas das dimensões internas, de todos os planos que transpassam o plano físico, onde está o corpo material,
Tem que se refazer, reconstruir energeticamente estes canais, com a transmutação sexual, regenerando a partir das condições em que se encontram, tudo que foi desfeito, destruído e morto dentro de si mesmo, por causa da fornicação, a ejaculação, nas dimensões internas do corpo físico, as estruturas básicas da construção espiritual do templo interno de Deus.
O vazio se preenche com fé, amor,trabalho e vida.
Isto porque, o ser humano ao longo dos tempos, pelas várias reencarnações, recebendo através da lei de causa e efeito, pelas própias faculdades mentais, com que teve visão mental, ou psíquica, e também a imaginação, com que foi se adaptando às condições de degeneração da sua essência interior, além de não conseguir sem nada fazer para reverter esta situação, ainda enfatiza, enaltecendo, engrandecendo-se por aprimorar e intensificar a maneira pela qual sofre a degeneração através da fornicação, que é o orgasmo da ejaculação.
É maior o prazer do orgasmo divino e a sensação de bem estar em se praticar o sexo, retendo, mantendo-se e aspirando às energias sexuais, para dentro e para cima, revertendo, pela própia imaginação positiva, a condição de degeneração que leva à morte, para a regeneração que leva à vida.
Não é algo de ambição egoísta em querer construir, de querer ser.
Pois, quem quer ser, ainda não é.
É criar as condições internas propícias para que as obras espirituais dos anjos da hierarquia Crística, possam realizar a vontade do Pai que está no céu.
51 - “E disse- he: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem.” ( S. João, C. 1, v. 51)
“Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podereis fazer” (S. João, C. 15, v. 5)
12 —“Assim, pois, amados meus, como sempre obedeceste, não só na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, desenvolverei a vossa salvação com temor e tremor;”
13 — “porque Deus é quem efetua, em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”
14— “fazei tudo sem murmurações nem contendas;”
15 —“para que me torneis irrepreensíveis e sinceros, Filhos indesculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” (Filipenses, C. 2, v. 12 a 15).
O trabalho da construção do sistema dos canais e o processo da manifestação não é por elementos isolados, separados.
Como um todo, quando se começa a trabalhar com estes canais internamente, a manifestação dá-se tanto interna como externamente, porque age, lida, trabalha, mexe, manipula com as energias cósmicas prânicas internas e as externas do corpo, nas dimensões em que se vão construindo os corpos espirituais terrestres e celestiais, que constituem o verdadeiro homem integral.
Há uma interação de um trabalho energético no sentido de atuação de um sobre o outro, entre o corpo que se vai formando e o corpo físico.
Os demais corpos não se restringem à imagem e à forma do corpo físico, porque se unem às auras das dimensões dos planos, em que são construídos.
Há um redimensionamento em todos os sentidos, da percepção de si mesmo em várias dimensões.
Nos planos mais elevados podem assumir qualquer forma.
Assim como as leis do plano físico agem sobre o corpo físico que se vai formando, assim também acontece em cada plano em que o corpo é formado sob as leis daquele plano.
No corpo etéreo deve estar toda a cópia do corpo físico no duplo etéreo. Se não houver saúde, vitalidade, vida nas células, a cópia não será fiel, exata.
No corpo astral deve estar todo o registro da construção do corpo físico. Deve- se cuidar dos maus desejos, e paixões, para não prejudicá-lo.
No corpo mental deve estar todo o registro da construção dos demais corpos inferiores. Prejudicando qualquer um deles, o dano causado refletir-se—à nos demais, principalmente para a próxima reencarnação.
E, assim, acontece com os demais corpos, a exemplo de Jesus que apresentou a perfeição em todos os corpos.
"O corpo de Jesus não viu corrupção." ( Atos,C.2,v.3 1)
De tal maneira que se alguém prejudicar o corpo físico, terá reflexo nos demais corpos.
As emoções fortes prejudicam o corpo astral, que é o corpo emocional e dos desejos. A paixão pode ser prejudicial. E com obsessão pior ainda.
Se for proferida uma mentira ou se tiver maus pensamentos terá os efeitos negativos sobre o corpo mental, produzindo-lhe defeitos.
Se for feita fornicação, que é a ejaculação, faltará a substância da vida no corpo físico, e a falta das energias transmutadas desta substância, além de serem insuficiente, ou não formarem os demais corpos, refletir-se-à como falta de vida no corpo físico, ou como vida sem vida.
1 — “Veio um dos sete anjos que tem sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas.”
A grande meretriz é a humanidade, que forma no astral uma egrégora, que é uma imagem de mulher, que contém o conjunto de energias das formas de pensamentos, emitidas pela própia humanidade.
A egrégora da fornicação da Terra, é terrível, em relação a tudo que envolve a sua criação e manifestação.
2 — “com a qual os reis da terra prostituíram-se, ou cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na terra se embriagam com o vinho da sua devassidão, ou fornicação.”
Compreende-se melhor agora o que está escrito em Provérbios,C.31,v.3: Não dês a tua energia vital, ou,a tua fôrça, (conforme versão), nem os teus caminhos “aquilo que leva à extinção de reis.”
4 — “Achava-Se uma mulher vestida de púrpura e de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as ímundíces da sua prostituição, ou fornicação.” (Apocalipse, C. 17, v. 1, 2, 4).
Dentro da medula espinhal, há um canal central, chamado “canalis centralis”, com três seções, canais, ou revestimentos, um dentro do outro, conhecido pelos yogues, como Vajra, Chitra, e Brahmanadi este último, no interior de Chitra, é por onde sobe a Kundalini.
Kundalini assume vários sentidos, e vários aspectos da manifestação da divindade, com seus atributos no grande drama cósmico da humanidade que se faz e se desfaz, numa transformação, metamorfoseando-se, para o bem ou para o mal, segundo os mesmos atributos, dons e desígnios que Deus dá a todos, dependendo do que cada um faz do que recebeu daquilo que pediu.
Kundalini pode ser a virgem Maria, como qualquer outra deusa, tanto grega ou romana, ou de outras religiões de outros povos.
Kundalini, na Bíblia, é a deusa que está no meio do Jardim.
16 — "Porque com fogo e com sua espada entrará o Senhor em juízo com toda carne; e serão muitos os mortos da parte do Senhor."
17 — que se santificam e se purificam para entrarem nos jardins após a deusa que está no meio, os que comem carne de porco, cousas abomináveis e rato, serão consumidos, diz o Senhor.” (lsaías, C. 66, v. 16, 17)(Sociedada Bíblica do Brasil, 1959)
Nos mistérios dos Eleusis, era homenageada a deusa Deméter, a Ceres, grega, e Isís no Egito.
No panteão dos deuses da índia, kundalini, quando positiva com o fluxo energético sexual em se transmutando para cima pela coluna vertebral que iluminava era Parvati, esposa de Shiva, a terceira manifestação da Trindade, do que sena nos cristãos o Espírito Santo.
Quando o fluxo energético mudava de direção para baixo, pela fornicação, ou ejaculação, tornava-se Kali, a deusa terrível da personificação do mal.
Ou então, biblicamente,em Apocalipse,C. 12,v.9, que diz: E foi precipitado o grande dragão a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”
Com a Kundalini, com o fluxo energético em precipitação da consciência para baíxo,na coluna vertebral, para a terra, elemento do primeiro chacra, Muladhara, por, causa da fornicação, a mentalidade da humanidade se torna Satânica por somente criar e manifestar o mal.
Os canais ou nadis, Ida e Pingala, estão à esquerda e à direita da medula espinhal.
A energia sexual eletromagnética irradiada dos órgãos sexuais nas condições naturais em que se encontra, bipolariza-se em positiva e negativa.
Do testículo esquerdo sai o canal, conduto, nadis, Pingala, contendo o fluxo energético de polaridade positiva, masculino, solar magnética.
Este canal, Pingala, conecta, liga, o testículo esquerdo à narina direita do nariz, passando pela região da garganta, e entrando na cabeça, acumula-se no cérebro na região eletromagnética da raiz do nariz.
Do testículo direito sai o canal, conduto, nadis, Ida, contendo o fluxo energético de polaridade negativa, feminina, lunar magnética.
Este canal, Ida, conecta, liga, o testículo direito à narina esquerda do nariz, passando pela região da garganta, e entrando na cabeça acumula-se no cérebro, na região eletromagnética da raiz do nariz.
Com esta disposíção, os dois canais, Pingala e Ida, formam no astral o sinal, ou símbolo do infinito, que é um oito (número) interrompido.
Com o exercício da yoga, Pranayama, controle do prana, elevam-se estas energias dos órgãos sexuais, até o cérebro, na região da raiz do nariz.
7 - Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gênesis, C. 2, v. 7)
Terra é o elemento do primeiro chacra.
Fôlego de vida, respiração energética do prana das energias sexuais transmuta das que sobem dos órgãos sexuais, pelos canais Ida e Pingala.
Na humanidade que está morta enterrando seus mortos, estes canais estão secos, desativados, existindo nas profundezas das dimensões internas da criatura de Deus, que não tem acesso a estes canais, nem a energia Kundalini.

Fonte: http://www.sublimacaosexual.com/pagina036.htm
Coerente.
Devendo ser observados os aspectos positivos do conhecimento para que chegue à verdade.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.


CONCLUSÃO:
Acordar a Kundalini não é negativo e não vai fazer mal a ninguém.
É iluminação.
Abrir e limpar estes canais é fundamental para a evolução e saúde humana.
Queiramos ou não este poder está sendo ativado em todos os Seres Humanos.
Muitos mitos têm sido jogados por aqueles que conhecem ou querem esconder esta potência.
O trabalho individual de cada um trará reflexos positivos no seu dia-a-dia.
Portanto, saiba que tudo que é da construção tende à Construção.

Estamos sendo Guiados e Orientados por Consciência Superior.

... Por um mundo maior o conhecimento tem que ser passado e acessível a todos os Seres Viventes.

Bom Trabalho.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.

O DOMADOR DA MONTANHA

Obra inédita
Capítulo 4: O PODEROSO VAJRA IRADO
Naquela época, no distrito de Gausho, vivia o rei de demônios chamado Shakraraja, que tinha forçado o povo do lugar a errôneas práticas que iriam levá-los no futuro a um renascimento infeliz, no reino dos infernos.

ANL viu que aquilo não deveria continuar. Mas não havia meios de acabar senão por um ato de força.
Então ele amarrou seus longos cabelos com uma serpente, vestiu-se de uma camisa de pele humana e de uma saia de pele de tigre. Com cinco flechas de ferro e um arco nas mãos ele foi até aquele lugar demoníaco.
Mas quando ANL chegou perto de Gausho, viu ao longe que se armava contra ele um grande exército do rei de demônios Shakraraja.
Era uma legião de humanos e não-humanos. Alguns visíveis, outros invisíveis. Os visíveis vinham com armaduras, chuços, lanças e pesadas espadas.
Mas sabia ANL que também chegavam guerreiros invisíveis, espíritos demoníacos e demônios furiosos.
ANL olhou concentrado para aquela planície de inimigos.
Quando o grande exército de demônios se aproximou, ele fez um gesto e uma armadura de deidades protetoras se projetou sobre ele como uma capa de medalhas luminosas protetoras. E exteriormente ele foi circundado por uma legião de poderosas dakinis que faziam um círculo protetor. Nenhuma arma poderia atingi-lo, pois estava ele blindado e protegido como por uma bolha sagrada.
ANL avançou em direção ao inimigo, assim protegido por todos os lados.
Mas a luta foi ferocíssima e demorada.
No fim os inimigos viram que nenhuma arma poderia atingi-lo, pois seu corpo estava bem guardado, mas o exército do rei de demônios chamado Shakraraja não desistia de atacar e lutaram até o pôr do sol.
Ao anoitecer não restava nenhum dos guerreiros demoníacos vivos. Todos estavam no chão. Era uma inimaginável carnificina.
O próprio rei de demônios chamado Shakraraja fugiu. Todos os machos estavam mortos.
Então ANL viu só sobraram vivas as fêmeas humanas e que aquela raça humana era condenada à extinção.
Então ANL começou ali mesmo a copular com todas as fêmeas.
Depois daquilo, ANL se foi para a Gruta do Gélido Horror.
Mas o rei de demônios Shakraraja reuniu um novo exército e resolveu caçar ANL secretamente no cemitério da Gruta do Gélido Horror onde ele se tinha recolhido em meditação.
O próprio rei de demônios Shakraraja veio na frente de seu novo exército com uma espada mágica.
Um arqueiro infalível foi colocado no alto de um monte para vigiar ANL, enquanto um exército de arqueiros cercou o local, pesadamente armado de armaduras e chuços. E começaram a buscar ANL no cemitério da Gruta do Gélido Horror.
Vendo isso, ANL matou a sentinela do alto do morro com uma flechada e escapou.
Então partiu para o país de Sahor, onde fez um retiro de meditação no grande ossuário do cemitério da Gruta Jubilosa.
Ali, alimentava-se de cadáveres.
E lá ele foi abençoado pelas dakinis, e autorizado pela transmissão da Dakini Subjugadora de Mara.
Depois disso, partiu para o ossuário do cemitério de Sosaling, no Sul de Uddiyana, onde praticou a ioga da disciplina e foi entronizado e abençoado pela Dakini Sustentadora da Paz.
Mais tarde, voltou para onde tinha nascido numa flor de lótus.
E pela prática da linguagem do signo da dakini do Mantra Secreto ele se incorporou e magnetizou nas quatro espécies de dakinis que moravam na ilha.
E todos os nagas do Oceano e espíritos planetários dos céus se comprometeram a servi-lo e foram dominados sob seu juramento.
Tempos depois encontramo-nos no ossuário do cemitério da Áspera Gruta, em Uddiyana, onde teve a visão de Vrajra Varahi, que o consagrou.
E as quatro classes de dakinis e dakas, e as dakinis dos três níveis lhe concederam realizações, transmissões e consagrações. Todas as dakinis o abençoaram e lhe concederam ensinamentos.
Foi então que ele se transformou no poderoso iogue.
As dakinis lhe deram o nome de Dorje Drakpo Tsal.
Que significa “O Poderoso Vajra Irado”.
ANL era um homem forte, alto, moreno, de idade indefinida.
Alguns diziam que ele tinha uns trinta anos, naquela época. Outros diziam que ele tinha quase mil.
Ele era moreno, tinha um bigode e um cavanhaque pequenos. Usava um chapéu de lã vermelha, cujas duas pontas se dobravam para o alto, encimado por um meio dorge e um lenço amarrado. Não era pessoa completamente pacífica. Ele era um pouco sério, meio irado. Vestia uma longa capa real de três etapas, toda debruada de ouro, que cobria suas vestes de seda e lã. Calçava uma bota estilo montanhês. Seus longos braços normalmente mantinham um porte sereno.
Na sua mão direita geralmente se via um dorge, seguro no “gesto do escorpião”, isto é, os dedos indicador e mínimo curvados para frente e os outros dedos fechados. Aquilo era o mudra ameaçador. Na mão esquerda estava uma cuia feita de crânio humano, chamada kapala.
Mas o que o caracterizaria melhor seria a lança com tridente que sempre portava. Era uma lança encimada por um pequeno tridente na forma de uma pequena lira. Os dentes superiores do tridente eram fechados, e tinham ornamentos de ossos, flâmulas, lenços de seda, pequenos sinos que soavam quando ele andava. A lança possuía todos os ornamentos de uma completa mandala. Era na realidade uma “khatwanga”, ou bastão tântrico ritual e mágico, com algumas caveiras humanas ali espetadas e incrustadas. Ninguém poderia exatamente saber o que aquilo significava, ninguém nunca ousara perguntar-lhe, tal o respeito que ele sempre inspirava.
Curiosamente, do seu corpo exalava uma estranha luz meio azulada, como a luz da lua cheia de outono, e às vezes tão forte que ele podia viajar à noite sem se perder. Mas essa luz, entretanto, não era exterior a ele, aquela luz como que vinha de dentro dele mesmo, como se sua forma e corpo fossem mesmo feito de luz, e não de carne.
Além disso, usava ele todos os ornamentos de um rei: brincos, colares, pulseiras e tornozeleiras.
Algo no seu corpo fazia com que ele como que flutuasse no ar. E nem creio que seus pés precisassem exatamente pisar o chão.
Perto dele tudo estava eternamente em paz.
ANL foi para o Assento Vajra, na Índia.
Ele começou a multiplicar o seu corpo. Às vezes ele aparecia como vários monges orando num templo, outras vezes aparecia como vários iogues praticando.
Quando algumas pessoas perguntaram quem era seu mestre ele respondia: “Não tive pai ou mãe, não tive professor ou mestre, não tenho casta nem nome, eu sou o que apareceu de si próprio!”
Todos duvidavam disto.
Então disseram:
— Alguém que faz esses milagres sem ter tido um mestre deve ser um demônio!
Por isso, refletiu ANL:
— Eu sou o aparecimento de um Buda, mas apesar disso, e para mostrar às futuras gerações da necessidade de ter um mestre, eu vou procurar os mestres do Mantra Secreto da Índia. Além disso, não serei de nenhuma ajuda se pensarem que sou um demônio.
E assim ele foi à morada do mestre Prabhahasti. No caminho, encontrou dois monges que também iam para o mesmo mestre.
ANL reverenciou os monges e lhes pediu ensinamento. Mas os monges ficaram amedrontados com ele, pensando: “o demônio rakshasa voltou”.
Sabendo disso, ANL lhes falou:
— Veneráveis monges, eu já não estou realizando ações más. Por favor, me aceitem”.
Ao que os monges replicaram:
— Se você fala a verdade, então nos dê suas armas.
ANL lhes deu o arco e as flechas de aço. E os monges lhe disseram:
— Nós ainda não estamos preparados, portanto não podemos dar ensinamento. Vá à, onde o Mestre Prabhahasti mora.
Quando ANL na Rocha Garuda Vermelho veio até Prabhahasti e lhe pediu e recebeu ordenação como monge. Recebeu o nome de Shakya Senge. De Prabhahasti ele recebeu três ensinamentos. Ainda que os compreendesse logo no momento em que os ouvia, ele os estudou dezoito vezes para purificar os obscurecimentos. Naquele tempo, mesmo sem praticar, ele teve a visão das trinta e sete deidades do Yoga Tantra.

fonte: http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/colunistas/rsamuel/rs0091.htm