ÓLEOS ATIVADORES PARA OS NADIS
Os Nádis
Os nadis estão ligados aos Chakras. O canal central Sushumna,
desempenha papel vital nas práticas do Yoga e tântricas.
Os Chakras são centros de intercâmbio entre a energia física
e a psicológica dentro da dimensão física, e prana
é a força que une o físico e com o mental, e o
mental com o espiritual. Na verdade o físico, mental e o espiritual
são a mesma coisa e trabalham juntos em todos os níveis.
Alguns Nádis maiores como nervos, veias e artérias físicas
são conhecidos pela ciência médica atual. Porém,
como nem todos os Nádis assumem forma física, nem são
visíveis como caracteres, é impossível localizá-los,
observá-los ou traçar seu caminho através dos meios
menos sutis. Os nádis sutis não de dois tipos:
Nadis Pranavha... Condutores da força prânica.
Nadis Manova... Condutores da força mental.
Os Nadis Pranavha e Nadis Manova correm, em geral, juntos. Embora contestem
descrição, estão de alguma forma ligada aos nervos
sensoriais do sistema nervoso autônomo. Os nervos e nadis yogas
do sistema nervoso autônomo trabalham juntos, da mesma forma que
a psique trabalha com a fisiologia.
Certos estudos de anatomia contradizem a descrição do
Sushumna fornecida pelas escrituras tântricas, sustentando que
o canal central contém somente líquido cerebroespinhal,
sem qualquer menção à presença de fibras
nervosas. Neurologicamente é impossível para a coluna
vertebral possuir abertura no topo da cabeça para a entrada e
saída do fluxo de prana. Portanto, é difícil fornecer
anatomia precisa dos chakras. Na acupuntura existe um meridiano chamado
Meridiano Governante dos vasos, que apresenta alguma correspondência
com o sushumna. Nele, o fluxo energético começa na ponta
do cóccix, ascende pela espinha dorsal, atinge um ponto no alto
da cabeça e, então se curva, descendo ao longo da linha
do meridiano até um ponto logo abaixo do umbigo. Os meridianos
da acupuntura podem ser comparados aos nadis pranavha.
Segundo o tratado tântrico Shiva Samhita, existem quatorze nadis
principais. Desde, Ida, Píngala e Sushumna. São considerados
os mais importantes. Todos os nádis estão subordinados
ao Sushumna. O prana viaja através do Sushumna, partindo do plexo
pélvico para o Brahma Randhra ("a caverna de Brahman"
– espaço vazio entre os dois hemisfério cerebrais),
situado no interior do eixo cérebro espinhal. O Chakra Muladhara
é o ponto de encontro destes três nadis principais, sendo
conhecido como Yukta Triveni (yukta, "combinado"; tri, "três";
veni, "correntes").
Os primeiros dez nadis ligados aos dez "portais", ou aberturas
do corpo:
01. Sushumna ou Brahma Randhra (fontanela)
02. Ida (narina esquerda)
03. Píngala (narina direita)
04. Gandhari (olho esquerdo)
05. Hastaiihava (olho direito)
06. Yashasvini (orelha esquerda)
07. Pusha (orelha direita)
08. Alambusha (boca)
09. Kuhu (genitais)
10. Shankhini (ânus)
Ida
Ida é o canal esquerdo. Transportador das correntes lunares,
Ida tem natureza feminina, sendo celeiro da produção de
vida, a energia materna. Ida é nutrição e purificação,
por isso é chamado de Ganga (Ganges). Algumas vezes é
representado como olho esquerdo. No Svara Yoga representa a respiração
"esquerda". Esquerda é descrita no Tantra, como de
natureza magnética, feminina, visual e emocional. Na prática
do Pranayama (respiração do yoga), com exceção
do surya bhedana pranayama, a puraka (inalação) começa
pela narina esquerda. Isto excita o Nadi Ida, pois este nadi se origina
no testículo esquerdo e termina na narina esquerda. A respiração
específica pela narina esquerda excitará o Nadi Ida, e
seus produtos químicos nutridores purificação a
química o corpo, benefício facilmente obtido pela meditação.
A Shiva Svaradaya e a Jnana Svarodaya recomendam que todas as atividades
importantes, em especial as que proporcionam estabilidade para a vida,
são mais bem desempenhadas quando Ida está operando.
No sistema do Svara Yoga, os praticantes observam o hábito de
manter a narina esquerda aberta durante o dia para equilibra a energia
solar recebida durante este período. O Nadi Ida é de natureza
sattvika, e mantê-lo em operação durante o dia (que
é dominado pela energia rajasika) faz aumentar sattva, criando
um equilíbrio para si próprio; tornando-nos mais relaxados
e mais alerta mentalmente. O Nadi Ida é responsável pela
restauração energética do cérebro. Está
situado no lado esquerdo da meru danda e tem sido confundo com a cadeia
de gânglios nervosos conectadas às fibras nervosas chamadas
de cordão simpático. Existe similaridade, talvez porque
o sistema simpático controle e influencie a respiração,
estando esta ligada as narinas; como existe correlação
entre o chakra e as glândulas endócrinas, a definição
exata ainda não foi documentada na Medicina ocidental. Ida não
é nervo, nem cordão nervoso; é um nadi manovhi.
Em várias culturas diferentes, especialmente na Índia,
a lua (em sânscrito, chandra) está relacionada à
psique. No Purusha Sukta lê-se que: "Chandrama Manaso jatah",
isto é, "A lua nasceu dos manas de Virat Purusha {Ser Supremo}".
A "respiração lunar" (narina esquerda) é
chamada de Ida no Svara Yoga. Os yogis identificam Ida como sendo um
nadi pranavahini, e o consideram um dos mais importantes nadis manovahi.
O prana, com o auxílio de Ida, é capaz de fluir para dentro
e para fora da narina esquerda. Durante o ciclo crescente da lua (da
lua nova para a cheia), Ida domina por nove dias, nos quinze do nascer
ao pôr-do-sol. Ainda não foi possível a localização
deste nadi através de modernos aparelhos técnicos, mas
o aspecto pranavahi de Ida pode ser claramente sentido nos efeitos do
svara sadhana (seguidores da Ciência da Respiração),
e pela prática do pranayama.
Pingala
Pingala é um canal direito. Transportador de correntes solares,
Pingala é de natureza masculina, e um depósito de energia
destrutiva. É conhecido como Yamuna. À sua maneira, Pingala
é também purificado, mas limpa como fogo. Pingala algumas
vezes é representado como olho direito. No Svara Yoga, Pingala
representa a respiração pelo lado direito, isto é,
a respiração que flui pela narina direita. O lado direito
é de natureza elétrica, masculina, verbal e racional.
O Nadi Pingala torna o corpo físico mais dinâmico e eficiente,
sendo ele quem fornece mais vitalidade e mais poder masculino. Realiza-se
o surya bhedana pranayama (respiração para aumentar o
poder sol/direita) para ampliar o vigor, a resistência e a energia
solar. O surya bhedana pranayama é exceção no reino
da respiração do Yoga: neste pranayama a respiração
começa pela narina direita, excitando o Nadi Pingala. No svara
yoga admite-se claramente que o Nadi Pingala torna um homem "puramente
homen", assim como Ida torna a mulher "puramente mulher".
A predominância da narina direita é recomendada para atividades
físicas, trabalhos temporátios, discussões, debates
e, naturalmente, duelos.
A prática do yoga, de deixar a narina direita aberta à
noite, quando a energia solar é menos forte, mantém o
equilíbrio do organismo saudável. Deixar o Nadi Ida ativo
durante o dia e o Pingala durante a noite, aumenta a vitalidade e a
longevidade. Pingala é de natureza rajasika (energética),
e mantê-lo ativo durante as horas noturnas de indolência
aumenta a saúde holística do organismo.
O sol, dizem os yogis, está relacionado com os olhos de Virata
Purusha. Segundo o Prusha Sukta: "Chakshore suryo ajayatah",
isto é: "O sol vem pelos olhos", significando que o
sol nasce dos olhos de Virata Purusha. Os olhos são o veículo
do sol. Os olhos discriminam. Eles – e o sol estão relacionados
ao intelecto e ao cérebro racional. A noite é tempo de
fantasia. Os grandes pensadores utilizam a noite para contemplar. Diz-se
que "quando é noite para as pessoas do mundo, é dia
para os yogis". Pingala como Ida, é um Nadi Manovahi. Pingala
é mais ativo durante o ciclo decrescente da lua (da cheia para
nova) e opera nove dias em quinze, do nascer ao pôr-do-sol. Atinge-se
o controle total dos Nadis Ida e Pingala através da prática,
regular dos pranayamas e com muita (disciplina).
Sushumna
O Sushumna está situado no centro do corpo e passa através
da meru danda (coluna vertebral)
O Sushumna se origina no Chakra Muladhara, percorre o corpo, transpassa
o talu (palatu na base do crânio), e se une ao Sahasrara (plexo
do mil nádis no topo do crânio), conhecido como ("Lótus
das Mil Pétalas"). Este nádi se divide em dois ramos;
o anterior e o posterior.
O anterior vai para o Chakra Ajna, situado no ponto entre as sobrancelhas
e se une ao Brahma Randhara. O posterior passa por trás do crânio
e se une ao Brahmara Gupha ("caverna da abelha") e Andhara
Kupa ("poço cego", ou décimo portal). Externamente
é a "moleira" que está aberta no nascimento.
Em um recém-nascido, pode-se observar a pulsação
neste ponto durante as primeiras semanas de vida; após o sexto
mês, ela começa a endurecer. Depois deste tempo será
aberta somente através de práticas especiais de Laya Yoga,
Srava Yoga, Kriya Yoga ou Nada Yoga. Nos shastas (escrituras antigas),
lê-se que quem dixa o corpo pelo décimo portal atravessa
o "caminho sem retorno" (Isto é a liberação
do ciclo da morte e do renascimento). Existem yogis que seguem disciplinas
que preparam este portal, de modo que sua última respiração
carregue a alma para a liberação. O verdadeiro aspirante,
desejoso da liberação, trabalhará o ramo posterior
do Sushumna.
Outro aspecto especial do Sushumna é não ser limitado
pelo tempo. Quando o yogi em meditação se coloca no ponto
médio entre as sobrancelhas, no Chakra Ajna (terceiro Olho),
e transcende o prana na região de Brahma Randhra, ele fica além
do tempo. Torna-se um trikaladarshi (conhecedor do passado, presente
e futuro). No Chakra Ajna, ele vai além da dimensão do
tempo e a morte não o alcança. As funções
do corpo físico param, e o processo de envelhecimento se interrompe
no momento anterior à morte todos os seres humanos respiram a
inalação do Sushumna, quando ambas as narinas trabalham
simultaneamente. Diz-se que a morte – com exceção
da acidental – não acontece quando predomina Ida ou Píngala.
Isto é, quando somente opera a narina direita, ou se a respiração
está sendo feita predominantemente pela esquerda.
Os Nádis Sarasvati e Brahama são outras denominações
de Sushumna. Não são identificações apropriadas,
pois o Sushumna é um canal onde existem outros nádis sukhma
(sutis), e Sarasvati é um nádi complementar de Sushumna
que flui fora dele no lado esquerdo. Este nádi é responsável
pelo sonho, alucinações e visões. Chitra em sânscrito,
significa pintura ou desenho. É automaticamente ativo nos pintores,
artistas visionários e poetas. O final do Nadi Chitra é
chamado Brahma dvara ("a porta de Brahman"), e o Devi Kundalini
ascende porta até a abóboda final – O Chakra Manasa,
Lalana ou Soma – o local do encontro de Kameshavara e Kameshvari
(Shiva e Shakti), logo acima do ponto reside Kamadhenu (a vaca que satisfaz
os desejos).
Como mencionado anteriormente, o Chakra Muladhara é o ponto de
encontro dos três principais nádis, sendo chamado de Yukta
Triveni (Yukta, "envolvimento"; triveni "encontro das
três correntes"). Do Muladhara eles se movem alternadamente
através do chakra até atingirem o Ajna, onde novamente
se reúnem formando um nó frouxo com o Sushumna. Aqui o
encontro das três correntes é chamado Mukta Triveni (mukta,
"liberado"), Como o sexto chakra (ajna) está além
dos elementos, o yogi que atinge este nível por seu poder, via
Sushumna, está liberto da escravidão. Uma vez estabelecido,
o yogi mantém um estado de kevali kumbhaka (capacidade de reduzir
o fluxo da respiração). Além do nó no Chakra
Ajna, Ida e Píngala terminam nas narinas esquerda e direita,
respectivamente, e assim Chitra e Vajra agem como correntes lunares
e solares, e o Nadi Brahma, como o ígneo Sushumna tamasika. Os
nádis Vajra e Chitra são as correntes solar e lunar interiores
do sushumna. Um yogi estabelecido neste chakra torna-se um tattvatita
(além dos elementos), mas ainda sujeito as alterações
de humor criadas pela predominância de um ou outro guna (atributo,
qualidade); ainda não é gunatita (além dos atributos).
Quando guanatita atinge o nirvkalpa samadhi (também chado de
nirbijha, ou samadhi "sem semente") um estado especial de
meditação profunda e duradoura.
No espaço fora do meru danda (coluna vertebral), à esquerda
e a direita, estão os Nadis Ida e Píngala. A substância
do Nadu Sushumna, que está no meio, é composta de canais
triplos. Os gunas. Os Nadis Vajra e Chitra começam em um ponto
da largura de dois dedos acima do Sushumna.
Fonte: Centro de Yoga e Meditação
Vajrapani
Material bom e coerente.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.
A muitos estudantes gnósticos pode surpreender um pouco quem
sendo Idá de natureza fria e lunar, tenha suas raízes
no testículo direito. A muitos discípulos do nosso Movimento
Gnóstico Internacional poderá cair como algo insólito
e inusitado a notícia de que, sendo Pingalá de tipo exclusivamente
solar, parta, realmente, do testículo esquerdo. Entretanto, não
devemos surpeender-nos, porque, tudo na natureza se baseia na lei das
polaridades. O testículo direito encontra seu pólo oposto,
precisamente, na fossa nasal esquerda. O testículo esquerdo acha
seu antipolo perfeito na fossa nasal direita.
A fisiologia esotérico-gnóstica ensina que, no sexo feminino,
as duas Testemunhas partem dos ovários. É indubitável
que, nas mulheres, a ordem deste par de Olivas do Templo se inverte
harmoniosamente
Velhas tradições que surgem, como
por encanto, da noite profunda de todas as idades, dizem que, quando
os átomos solares e lunares do sistema seminal fazem contato
no "tribeni", próximo do osso coccígeo, então,
por indução elétrica, desperta uma terceira força
de tipo mágico; quero referir-me ao Kundalini, o fogo místico
do Arhat gnóstico, mediante o qual podemos reduzir a poeira cósmica
o ego animal.
Escrito está, nos velhos textos da sabedoria antiga, que o orifício
inferior do canal medular, nas pessoas comuns e correntes, encontra-se
hermeticamente fechado; os vapores seminais o abrem, para que a Cobra
Sagrada penetre por ali.
Ao longo do canal medular, processa-se um jogo maravilhoso de variados
canais que se penetram e se compenetram mutuamente, sem se confundir,
porque estão situados em distintas dimensões.
Não é demais recordar o glorioso Sushumna e o famoso Chitra,
e o Centralis e o Brahmanadi; é inquestionável que por
este último ascende o fogo flamígero.
Em se tratando da verdade, devemos ser muito francos; certamente é
uma espantosa mentira atrever-se a dizer que, depois de haver encarnado
o Jivatma (o Ser) no coração, a Serpente Sagrada empreenda
a viagem de retorno até ficar, novamente, encerrada no chacra
Muladhara.
É uma horrível falsidade afirmar, ante Deus e ante os
homens, que a Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes,
depois de haver gozado sua união com Paramashiva, separe-se cruelmente,
iniciando a viagem de retorno para o centro coccígeo.
Tal regresso fatal, tal descenso até o Muladhara só é
possível, quando o Iniciado, em pleno coito, derrama o sêmen;
então perde a espada flamígera e cai fulminado ao absimo,
sob o raio terrível da Justiça Cósmica.
O ascenso do Kundalini, ao longo do canal medular, realiza-se muito
lentamente, de acordo com os méritos do coração.
Os fogos do cárdias controlam o desenvolvimento milagroso da
Serpente Sagrada.
Devi Kundalini não é algo mecânico, como muitos
supõem; a Serpente Ígnea só desperta com o amor
autêntico entre esposo e esposa; nunca subiria pelo canal medular
dos adúlteros.
Em um passado capítulo deste livro, algo dissemos sobre os três
tipos sedutores: Don Juan Tenório, Casanova e Diabo.
É óbvio que o terceiro destes resulte, certamente, o mais
perigoso; não devemos, pois, estranhar que esta classe de sujeitos
-tipo Diabo- com o pretexto de praticar o Sahaja Maithuna, seduzam muitas
ingênuas damas.
É bom saber que, quando Hadit, a Serpente Alada de Luz, desperta,
para iniciar sua marcha ao longo do canal medular espinhal, emite um
som misterioso, muito similar ao de qualquer víbora que é
cutucada com um pau.
O tipo Diabo, esse que seduz aqui, lá e acolá, com o pretexto
de trabalhar na Nona Esfera, esse que abandona sua esposa, porque diz
que já não serve para o trabalho na Frágua Acesa
de Vulcano, em vez de despertar o Kundalini, despertará o órgão
Kundartiguador.
Certo iniciado, cujo nome não menciono neste tratado, comete
o erro de atribuir ao Kundalini as sinistras qualidades do l órgão
Kundartiguador.
É ostensível que tal erro está causando danos muito
graves entre os círculos pseudo-esotéricos e pseudo-ocultistas.
É urgente, inadiável compreender que, de modo algum, é
possível eliminar todos esses eus pendenciadores e gritalhões
que levamos dentro, se não apelamos ao auxílio da Kundalini.
Aquele iniciado que cometeu o delito de pronunciar-se, em malfadada
hora, contra o Kundalini, é óbvio que será devidamente
castigado pelos Juízes da Lei da Katância (quero referir-me
aos Juízes do Karma Superior, ante os quais comparecem os Mestres
da Loja Branca).
Em nome Disso que não tem nome, digo: O Kundalini é a
Dúada Mística, Deus-Mãe, Ísis, Maria, ou,
melhor dizendo, RAM-IO, Adônia, Insoberta, Rea, Cibeles, Tonantzin,
etc., o desdobramento transcendental de toda mônada divinal, no
fundo profundo de nosso Ser.
Analisando raízes, esclareço: a palavra Kundalini vem
de dois termos: Kunda e Lini
KUNDA: nos recorda o órgão Kundartiguador.
LINI: palavra atlante que significa fim.
KUNDA-LINI: fim do órgão Kundartiguador.
É óbvio que, com o ascenso da Flama Sagrada pelo canal
medular, chega a seu fim o órgão das abominações,
conclui a força foática cega.
Tal Fohat negativo é o agente sinistro em nosso organismo, mediante
o qual, o ideoplástico se converte nessa série de eus
que personificam nossos defeitos psicológicos.
Quando o Fogo se projeta para baixo, desde o chacra coccígeo,
aparece o abominável órgão Kundartiguador.
O poder hipnótico do órgão dos conciliábulos
tem, pois, adormecidas e embrutecidas as multidões humanas.
...
Fonte:
Texto retirado do livro Mistério do Áureo Florescer. VM
Samael Aun Weor. Este livro encontra-se disponível na Biblioteca
Gnóstica.
Deverá ser tomado como base de estudos, podendo estar contido
nele parte da verdade ou a verdade verdadeira.
Bom entendimento !!!
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.
O Despertar
Existem divulgados, muitos métodos para despertar a energia "Kundalini".
E muitos são os que se dizem tê-la despertado.
Cada um terá de se auto-observar, estudar, meditar e praticar,
e verificar com o testemunho da própia consciência "KundaIini"
do mestre interno, e das inúmeras testemunhas, tais como, anjo
da guarda, entidades, seres, ou anjos que realizam a obra interna, na
construção, nas dimensões internas e superiores,
dos demais corpos terrestres e espirituais, se realmente está
conseguindo o despertar da consciência nos vários níveis,
ou graus, nas dimensões dos vários planos, sete principais
ao todo, cada um com sete sub-níveis.
Ou, se é mais uma vítima de Maia a ilusão, de achar
que despertou a "Kundalini" e age como se estivesse despertado,
por uma vaidade do egoísmo intelectual, que possui um pouco de
conhecimento teórico, quando na verdade pode estar sendo enganado
por entidades espirituais obsessoras que exploram a fraqueza humana
para desvirtuá-la do caminho, comprometendo-a carmicamente.
O trabalho é individual, mas não sozinho, pois cada um
precisará de um parceiro do sexo oposto para realizar a magia
sexual da transmutação.
É necessário disciplina e autoconhecimento para domínio
própio e discernimento do bem e do mal, e da realidade da ilusão.
Humildade para se desapegar de tudo aquilo que possa prender a este
mundo.
Deve-se viver no mundo, mas não ser do mundo.
Praficar as virtudes, principalmente a castidade, que é a prática
do ato sexual com parceiro do sexo oposto, sem a fornicação
do orgasmo da ejaculação.
Purificação do coração, de pensamentos,
palavras e ações.
Dissolver seus egos, seus eus internos, com os seus medos e defeitos
psicológicos.
Pode-se ter conhecimento intelectual de todos os métodos de despertar
a "Kundalíni" mas não quer dizer com isto, que
as condições espirituais internas dos estados de consciência
estejam realmente em harmonia com aquilo que sabe e crê teoricamente.
Nem sempre os acontecimentos externos correspondem aos acontecimentos
internos.
Nem sempre a teoria intelectual está de acordo com o desenvolvimento
espiritual do homem interno.
Muitas vezes o nível do saber é maior do que o nível
do ser.
Entre o Saber e o Ser, saber ser, ou saber como se deve ser, existe
muita diferença.
Alguém pode ter os conhecimentos espirituais teoricamente, mas
o seu coração, o seu comportamento interno pode estar
bem diferente das suas ações externas.
Pode saber a Bíblia de cor, de que não deve odiar, mas
deve perdoar, não deve matar nem mentir, mas, na realidade, no
momento exato em que está envolvido por uma circunstância,
o que acontece, não perdoa, odeia, mente e mata.
Crer é primeira prova.
Há muita diferença entre saber, crer e ter fé naquilo
que sabe.
Há muita diferença entre o que o ego deseja, o que ele
é, e o que a pessoa realmente merece, e a vontade do que Deus
realmente quer para ela.
Com a ajuda da imaginação, cria-se, ou constrói-se
mentalmente, a imagem do sistema de canais, pelos quais as energias
prânicas sexuais, nas dimensões internas do corpo físico,
passarão a atuar nas outras dimensões dos vários
planos que transpassam o plano físico, construindo os demais
corpos terrestres e espirituais.
Na verdade, este sistema de canais já existe, na forma de modelo,
arquétipo, nas profundezas das dimensões internas, de
todos os planos que transpassam o plano físico, onde está
o corpo material,
Tem que se refazer, reconstruir energeticamente estes canais, com a
transmutação sexual, regenerando a partir das condições
em que se encontram, tudo que foi desfeito, destruído e morto
dentro de si mesmo, por causa da fornicação, a ejaculação,
nas dimensões internas do corpo físico, as estruturas
básicas da construção espiritual do templo interno
de Deus.
O vazio se preenche com fé, amor,trabalho e vida.
Isto porque, o ser humano ao longo dos tempos, pelas várias reencarnações,
recebendo através da lei de causa e efeito, pelas própias
faculdades mentais, com que teve visão mental, ou psíquica,
e também a imaginação, com que foi se adaptando
às condições de degeneração da sua
essência interior, além de não conseguir sem nada
fazer para reverter esta situação, ainda enfatiza, enaltecendo,
engrandecendo-se por aprimorar e intensificar a maneira pela qual sofre
a degeneração através da fornicação,
que é o orgasmo da ejaculação.
É maior o prazer do orgasmo divino e a sensação
de bem estar em se praticar o sexo, retendo, mantendo-se e aspirando
às energias sexuais, para dentro e para cima, revertendo, pela
própia imaginação positiva, a condição
de degeneração que leva à morte, para a regeneração
que leva à vida.
Não é algo de ambição egoísta em
querer construir, de querer ser.
Pois, quem quer ser, ainda não é.
É criar as condições internas propícias
para que as obras espirituais dos anjos da hierarquia Crística,
possam realizar a vontade do Pai que está no céu.
51 - “E disse- he: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em
diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem
sobre o Filho do Homem.” ( S. João, C. 1, v. 51)
“Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim,
e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podereis
fazer” (S. João, C. 15, v. 5)
12 —“Assim, pois, amados meus, como sempre obedeceste, não
só na minha presença, porém muito mais agora na
minha ausência, desenvolverei a vossa salvação com
temor e tremor;”
13 — “porque Deus é quem efetua, em vós tanto
o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”
14— “fazei tudo sem murmurações nem contendas;”
15 —“para que me torneis irrepreensíveis e sinceros,
Filhos indesculpáveis no meio de uma geração pervertida
e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.” (Filipenses,
C. 2, v. 12 a 15).
O trabalho da construção do sistema dos canais e o processo
da manifestação não é por elementos isolados,
separados.
Como um todo, quando se começa a trabalhar com estes canais internamente,
a manifestação dá-se tanto interna como externamente,
porque age, lida, trabalha, mexe, manipula com as energias cósmicas
prânicas internas e as externas do corpo, nas dimensões
em que se vão construindo os corpos espirituais terrestres e
celestiais, que constituem o verdadeiro homem integral.
Há uma interação de um trabalho energético
no sentido de atuação de um sobre o outro, entre o corpo
que se vai formando e o corpo físico.
Os demais corpos não se restringem à imagem e à
forma do corpo físico, porque se unem às auras das dimensões
dos planos, em que são construídos.
Há um redimensionamento em todos os sentidos, da percepção
de si mesmo em várias dimensões.
Nos planos mais elevados podem assumir qualquer forma.
Assim como as leis do plano físico agem sobre o corpo físico
que se vai formando, assim também acontece em cada plano em que
o corpo é formado sob as leis daquele plano.
No corpo etéreo deve estar toda a cópia do corpo físico
no duplo etéreo. Se não houver saúde, vitalidade,
vida nas células, a cópia não será fiel,
exata.
No corpo astral deve estar todo o registro da construção
do corpo físico. Deve- se cuidar dos maus desejos, e paixões,
para não prejudicá-lo.
No corpo mental deve estar todo o registro da construção
dos demais corpos inferiores. Prejudicando qualquer um deles, o dano
causado refletir-se—à nos demais, principalmente para a
próxima reencarnação.
E, assim, acontece com os demais corpos, a exemplo de Jesus que apresentou
a perfeição em todos os corpos.
"O corpo de Jesus não viu corrupção."
( Atos,C.2,v.3 1)
De tal maneira que se alguém prejudicar o corpo físico,
terá reflexo nos demais corpos.
As emoções fortes prejudicam o corpo astral, que é
o corpo emocional e dos desejos. A paixão pode ser prejudicial.
E com obsessão pior ainda.
Se for proferida uma mentira ou se tiver maus pensamentos terá
os efeitos negativos sobre o corpo mental, produzindo-lhe defeitos.
Se for feita fornicação, que é a ejaculação,
faltará a substância da vida no corpo físico, e
a falta das energias transmutadas desta substância, além
de serem insuficiente, ou não formarem os demais corpos, refletir-se-à
como falta de vida no corpo físico, ou como vida sem vida.
1 — “Veio um dos sete anjos que tem sete taças, e
falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz
que se acha sentada sobre muitas águas.”
A grande meretriz é a humanidade, que forma no astral uma egrégora,
que é uma imagem de mulher, que contém o conjunto de energias
das formas de pensamentos, emitidas pela própia humanidade.
A egrégora da fornicação da Terra, é terrível,
em relação a tudo que envolve a sua criação
e manifestação.
2 — “com a qual os reis da terra prostituíram-se,
ou cometeram fornicação, enquanto que os que habitam na
terra se embriagam com o vinho da sua devassidão, ou fornicação.”
Compreende-se melhor agora o que está escrito em Provérbios,C.31,v.3:
Não dês a tua energia vital, ou,a tua fôrça,
(conforme versão), nem os teus caminhos “aquilo que leva
à extinção de reis.”
4 — “Achava-Se uma mulher vestida de púrpura e de
escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas,
tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações
e com as ímundíces da sua prostituição,
ou fornicação.” (Apocalipse, C. 17, v. 1, 2, 4).
Dentro da medula espinhal, há um canal central, chamado “canalis
centralis”, com três seções, canais, ou revestimentos,
um dentro do outro, conhecido pelos yogues, como Vajra, Chitra, e Brahmanadi
este último, no interior de Chitra, é por onde sobe a
Kundalini.
Kundalini assume vários sentidos, e vários aspectos da
manifestação da divindade, com seus atributos no grande
drama cósmico da humanidade que se faz e se desfaz, numa transformação,
metamorfoseando-se, para o bem ou para o mal, segundo os mesmos atributos,
dons e desígnios que Deus dá a todos, dependendo do que
cada um faz do que recebeu daquilo que pediu.
Kundalini pode ser a virgem Maria, como qualquer outra deusa, tanto
grega ou romana, ou de outras religiões de outros povos.
Kundalini, na Bíblia, é a deusa que está no meio
do Jardim.
16 — "Porque com fogo e com sua espada entrará o Senhor
em juízo com toda carne; e serão muitos os mortos da parte
do Senhor."
17 — que se santificam e se purificam para entrarem nos jardins
após a deusa que está no meio, os que comem carne de porco,
cousas abomináveis e rato, serão consumidos, diz o Senhor.”
(lsaías, C. 66, v. 16, 17)(Sociedada Bíblica do Brasil,
1959)
Nos mistérios dos Eleusis, era homenageada a deusa Deméter,
a Ceres, grega, e Isís no Egito.
No panteão dos deuses da índia, kundalini, quando positiva
com o fluxo energético sexual em se transmutando para cima pela
coluna vertebral que iluminava era Parvati, esposa de Shiva, a terceira
manifestação da Trindade, do que sena nos cristãos
o Espírito Santo.
Quando o fluxo energético mudava de direção para
baixo, pela fornicação, ou ejaculação, tornava-se
Kali, a deusa terrível da personificação do mal.
Ou então, biblicamente,em Apocalipse,C. 12,v.9, que diz: E foi
precipitado o grande dragão a antiga serpente, chamada o Diabo,
e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra,
e os seus anjos foram lançados com ele.”
Com a Kundalini, com o fluxo energético em precipitação
da consciência para baíxo,na coluna vertebral, para a terra,
elemento do primeiro chacra, Muladhara, por, causa da fornicação,
a mentalidade da humanidade se torna Satânica por somente criar
e manifestar o mal.
Os canais ou nadis, Ida e Pingala, estão à esquerda e
à direita da medula espinhal.
A energia sexual eletromagnética irradiada dos órgãos
sexuais nas condições naturais em que se encontra, bipolariza-se
em positiva e negativa.
Do testículo esquerdo sai o canal, conduto, nadis, Pingala, contendo
o fluxo energético de polaridade positiva, masculino, solar magnética.
Este canal, Pingala, conecta, liga, o testículo esquerdo à
narina direita do nariz, passando pela região da garganta, e
entrando na cabeça, acumula-se no cérebro na região
eletromagnética da raiz do nariz.
Do testículo direito sai o canal, conduto, nadis, Ida, contendo
o fluxo energético de polaridade negativa, feminina, lunar magnética.
Este canal, Ida, conecta, liga, o testículo direito à
narina esquerda do nariz, passando pela região da garganta, e
entrando na cabeça acumula-se no cérebro, na região
eletromagnética da raiz do nariz.
Com esta disposíção, os dois canais, Pingala e
Ida, formam no astral o sinal, ou símbolo do infinito, que é
um oito (número) interrompido.
Com o exercício da yoga, Pranayama, controle do prana, elevam-se
estas energias dos órgãos sexuais, até o cérebro,
na região da raiz do nariz.
7 - Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra,
e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a
ser alma vivente (Gênesis, C. 2, v. 7)
Terra é o elemento do primeiro chacra.
Fôlego de vida, respiração energética do
prana das energias sexuais transmuta das que sobem dos órgãos
sexuais, pelos canais Ida e Pingala.
Na humanidade que está morta enterrando seus mortos, estes canais
estão secos, desativados, existindo nas profundezas das dimensões
internas da criatura de Deus, que não tem acesso a estes canais,
nem a energia Kundalini.
Fonte: http://www.sublimacaosexual.com/pagina036.htm
Coerente.
Devendo ser observados os aspectos positivos do conhecimento para que
chegue à verdade.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.
CONCLUSÃO:
Acordar a Kundalini não é negativo e não vai fazer
mal a ninguém.
É iluminação.
Abrir e limpar estes canais é fundamental para a evolução
e saúde humana.
Queiramos ou não este poder está sendo ativado em todos
os Seres Humanos.
Muitos mitos têm sido jogados por aqueles que conhecem ou querem
esconder esta potência.
O trabalho individual de cada um trará reflexos positivos no
seu dia-a-dia.
Portanto, saiba que tudo que é da construção tende
à Construção.
Estamos sendo Guiados e Orientados por Consciência Superior.
... Por um mundo maior o conhecimento tem que ser passado e acessível a todos os Seres Viventes.
Bom Trabalho.
Nós Somos da Zeladoria Central Flor da Alma.
O DOMADOR DA MONTANHA
Obra inédita
Capítulo 4: O PODEROSO VAJRA IRADO
Naquela época, no distrito de Gausho, vivia o rei de demônios
chamado Shakraraja, que tinha forçado o povo do lugar a errôneas
práticas que iriam levá-los no futuro a um renascimento
infeliz, no reino dos infernos.
ANL viu que aquilo não deveria continuar. Mas não havia
meios de acabar senão por um ato de força.
Então ele amarrou seus longos cabelos com uma serpente, vestiu-se
de uma camisa de pele humana e de uma saia de pele de tigre. Com cinco
flechas de ferro e um arco nas mãos ele foi até aquele
lugar demoníaco.
Mas quando ANL chegou perto de Gausho, viu ao longe que se armava contra
ele um grande exército do rei de demônios Shakraraja.
Era uma legião de humanos e não-humanos. Alguns visíveis,
outros invisíveis. Os visíveis vinham com armaduras, chuços,
lanças e pesadas espadas.
Mas sabia ANL que também chegavam guerreiros invisíveis,
espíritos demoníacos e demônios furiosos.
ANL olhou concentrado para aquela planície de inimigos.
Quando o grande exército de demônios se aproximou, ele
fez um gesto e uma armadura de deidades protetoras se projetou sobre
ele como uma capa de medalhas luminosas protetoras. E exteriormente
ele foi circundado por uma legião de poderosas dakinis que faziam
um círculo protetor. Nenhuma arma poderia atingi-lo, pois estava
ele blindado e protegido como por uma bolha sagrada.
ANL avançou em direção ao inimigo, assim protegido
por todos os lados.
Mas a luta foi ferocíssima e demorada.
No fim os inimigos viram que nenhuma arma poderia atingi-lo, pois seu
corpo estava bem guardado, mas o exército do rei de demônios
chamado Shakraraja não desistia de atacar e lutaram até
o pôr do sol.
Ao anoitecer não restava nenhum dos guerreiros demoníacos
vivos. Todos estavam no chão. Era uma inimaginável carnificina.
O próprio rei de demônios chamado Shakraraja fugiu. Todos
os machos estavam mortos.
Então ANL viu só sobraram vivas as fêmeas humanas
e que aquela raça humana era condenada à extinção.
Então ANL começou ali mesmo a copular com todas as fêmeas.
Depois daquilo, ANL se foi para a Gruta do Gélido Horror.
Mas o rei de demônios Shakraraja reuniu um novo exército
e resolveu caçar ANL secretamente no cemitério da Gruta
do Gélido Horror onde ele se tinha recolhido em meditação.
O próprio rei de demônios Shakraraja veio na frente de
seu novo exército com uma espada mágica.
Um arqueiro infalível foi colocado no alto de um monte para vigiar
ANL, enquanto um exército de arqueiros cercou o local, pesadamente
armado de armaduras e chuços. E começaram a buscar ANL
no cemitério da Gruta do Gélido Horror.
Vendo isso, ANL matou a sentinela do alto do morro com uma flechada
e escapou.
Então partiu para o país de Sahor, onde fez um retiro
de meditação no grande ossuário do cemitério
da Gruta Jubilosa.
Ali, alimentava-se de cadáveres.
E lá ele foi abençoado pelas dakinis, e autorizado pela
transmissão da Dakini Subjugadora de Mara.
Depois disso, partiu para o ossuário do cemitério de Sosaling,
no Sul de Uddiyana, onde praticou a ioga da disciplina e foi entronizado
e abençoado pela Dakini Sustentadora da Paz.
Mais tarde, voltou para onde tinha nascido numa flor de lótus.
E pela prática da linguagem do signo da dakini do Mantra Secreto
ele se incorporou e magnetizou nas quatro espécies de dakinis
que moravam na ilha.
E todos os nagas do Oceano e espíritos planetários dos
céus se comprometeram a servi-lo e foram dominados sob seu juramento.
Tempos depois encontramo-nos no ossuário do cemitério
da Áspera Gruta, em Uddiyana, onde teve a visão de Vrajra
Varahi, que o consagrou.
E as quatro classes de dakinis e dakas, e as dakinis dos três
níveis lhe concederam realizações, transmissões
e consagrações. Todas as dakinis o abençoaram e
lhe concederam ensinamentos.
Foi então que ele se transformou no poderoso iogue.
As dakinis lhe deram o nome de Dorje Drakpo Tsal.
Que significa “O Poderoso Vajra Irado”.
ANL era um homem forte, alto, moreno, de idade indefinida.
Alguns diziam que ele tinha uns trinta anos, naquela época. Outros
diziam que ele tinha quase mil.
Ele era moreno, tinha um bigode e um cavanhaque pequenos. Usava um chapéu
de lã vermelha, cujas duas pontas se dobravam para o alto, encimado
por um meio dorge e um lenço amarrado. Não era pessoa
completamente pacífica. Ele era um pouco sério, meio irado.
Vestia uma longa capa real de três etapas, toda debruada de ouro,
que cobria suas vestes de seda e lã. Calçava uma bota
estilo montanhês. Seus longos braços normalmente mantinham
um porte sereno.
Na sua mão direita geralmente se via um dorge, seguro no “gesto
do escorpião”, isto é, os dedos indicador e mínimo
curvados para frente e os outros dedos fechados. Aquilo era o mudra
ameaçador. Na mão esquerda estava uma cuia feita de crânio
humano, chamada kapala.
Mas o que o caracterizaria melhor seria a lança com tridente
que sempre portava. Era uma lança encimada por um pequeno tridente
na forma de uma pequena lira. Os dentes superiores do tridente eram
fechados, e tinham ornamentos de ossos, flâmulas, lenços
de seda, pequenos sinos que soavam quando ele andava. A lança
possuía todos os ornamentos de uma completa mandala. Era na realidade
uma “khatwanga”, ou bastão tântrico ritual
e mágico, com algumas caveiras humanas ali espetadas e incrustadas.
Ninguém poderia exatamente saber o que aquilo significava, ninguém
nunca ousara perguntar-lhe, tal o respeito que ele sempre inspirava.
Curiosamente, do seu corpo exalava uma estranha luz meio azulada, como
a luz da lua cheia de outono, e às vezes tão forte que
ele podia viajar à noite sem se perder. Mas essa luz, entretanto,
não era exterior a ele, aquela luz como que vinha de dentro dele
mesmo, como se sua forma e corpo fossem mesmo feito de luz, e não
de carne.
Além disso, usava ele todos os ornamentos de um rei: brincos,
colares, pulseiras e tornozeleiras.
Algo no seu corpo fazia com que ele como que flutuasse no ar. E nem
creio que seus pés precisassem exatamente pisar o chão.
Perto dele tudo estava eternamente em paz.
ANL foi para o Assento Vajra, na Índia.
Ele começou a multiplicar o seu corpo. Às vezes ele aparecia
como vários monges orando num templo, outras vezes aparecia como
vários iogues praticando.
Quando algumas pessoas perguntaram quem era seu mestre ele respondia:
“Não tive pai ou mãe, não tive professor
ou mestre, não tenho casta nem nome, eu sou o que apareceu de
si próprio!”
Todos duvidavam disto.
Então disseram:
— Alguém que faz esses milagres sem ter tido um mestre
deve ser um demônio!
Por isso, refletiu ANL:
— Eu sou o aparecimento de um Buda, mas apesar disso, e para mostrar
às futuras gerações da necessidade de ter um mestre,
eu vou procurar os mestres do Mantra Secreto da Índia. Além
disso, não serei de nenhuma ajuda se pensarem que sou um demônio.
E assim ele foi à morada do mestre Prabhahasti. No caminho, encontrou
dois monges que também iam para o mesmo mestre.
ANL reverenciou os monges e lhes pediu ensinamento. Mas os monges ficaram
amedrontados com ele, pensando: “o demônio rakshasa voltou”.
Sabendo disso, ANL lhes falou:
— Veneráveis monges, eu já não estou realizando
ações más. Por favor, me aceitem”.
Ao que os monges replicaram:
— Se você fala a verdade, então nos dê suas
armas.
ANL lhes deu o arco e as flechas de aço. E os monges lhe disseram:
— Nós ainda não estamos preparados, portanto não
podemos dar ensinamento. Vá à, onde o Mestre Prabhahasti
mora.
Quando ANL na Rocha Garuda Vermelho veio até Prabhahasti e lhe
pediu e recebeu ordenação como monge. Recebeu o nome de
Shakya Senge. De Prabhahasti ele recebeu três ensinamentos. Ainda
que os compreendesse logo no momento em que os ouvia, ele os estudou
dezoito vezes para purificar os obscurecimentos. Naquele tempo, mesmo
sem praticar, ele teve a visão das trinta e sete deidades do
Yoga Tantra.
fonte: http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/colunistas/rsamuel/rs0091.htm